A história ancestral dos turbantes: símbolo de beleza e resistência

• 11/11/2020
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Moda

Os turbantes no Brasil tem uma grande popularidade entre as mulheres negras, sendo utilizado como um adereço de beleza que exalta o orgulho pela cultura de matriz africana. Como todo adereço com origem na África carrega um grande significado de história de resistência, com o turbante não seria diferente diferente!

No Brasil popularmente conhecido como Turbante, em alguns cantos da África o tecido ganha vários nomes: tignon, gele, duku, tukwi, doek e vários outros. Na matéria vamos conhecer um pouco sobre a história do tignon e como ele começou a ser utilizado.

O Tignon em uma região da África, é conhecido como um grande pedaço de tecido amarrado ou enrolado em volta da cabeça, utilizado para cobrir o cabelo das mulheres negras da época.

Em Louisiana, 1786, o governador Esteban Rodrigues Miró impôs uma lei que proibia todas as mulheres negras livres e escravizadas de usarem seus cabelos soltos. Como modo de intervir nas vestimentas das mulheres negras da época e como meio vetar a sensualidade dessas mulheres, já que para os homens e mulheres brancas da época, as diversas formas que assumia o cabelo crespo era visto como ameaça e utilizado para atrair e seduzir os senhores. A partir dessa lei, todas as mulheres negras passaram a usar seus cabelos envolvido com grandes tecidos coloridos, com o intuito de esconder todas as madeixas para não sofrer punição perante a “lei do tignon”, como era chamada na época.

Os tignons também eram usados por mulheres negras das ilhas caribenhas de Martinica,Guadalupe e Dominica, para transportar alimentos e mensagens entres os negros escravizados que ficavam nas senzalas.

A lei foi retirada em 1800, porém as mulheres negras continuaram usando o adereço e incluíram como mais um item de beleza, que foi criado como forma de repressão, e foi ressignificado como um item que representa força e resistências dessas mulheres.